Depois de passar a virada de ano em Londres, no dia três segui viagem para Berlim, foi minha primeira visita a Alemanha.
Com uma população de 3.49 milhões de habitantes, Berlim é a maior cidade da Alemanha e a sétima mais populosa área urbana da União Européia. Após a Segunda Guerra Mundial (1961 a 1989) a mesma foi dividida em Alemanha Oriental e Ocidental cercada pelo Muro de Berlin.
Voei de Ryanair do Aeroporto Londres Stansted para o Aeroporto Schönefeld em Berlin, do Aeroporto para o Centro da cidade fui de trem, o ticket para o dia todo incluindo todos os transportes públicos e abrangendo toda as áreas custa €6,30.
O fator interessante é que você tem que validar seu ticket antes de entrar no trem, as máquinas para validar estão nas plataformas, quando você usa o ticket para o dia todo, basta validar uma vez. Não existe catracas ou algo do gênero, durante o trajeto você poderá ser abordado por um fiscal conferindo o ticket, tudo é questão de confiança e educação.
Essas são as máquinas para validar:
Depois de deixar a mochila no Hotel comecei minha caminhada pelo Tiergarten, o mais antigo parque público em Berlim, com 2,5 km quadrados é o maior parque da cidade, contendo mais de 23km de vias para caminhada, é popular entre aqueles que estão procurando um lugar agradável para passear.
Dentro do Tiergarten existe vários monumentos e prédios de suma importância entre eles:
Coluna de granito vermelho que tem em seu topo a estátua da Deusa Romana Vitória, monumento construído para comemorar a vitória da Prússia na Guerra Dinamarquês-Prussiana, no momento em que foi inaugurado em 02 de setembro de 1873, a Prússia também derrotou a Áustria na Guerra Austro-Prussiana (1866) e França na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), dando a estátua um novo propósito.
Haus der Kulturen o der Welt - Casa das Culturas do Mundo
Centro nacional da Alemanha para a arte não-europeia contemporânea. Apresenta exposições de arte, teatro e dança, concertos, filmes e conferências acadêmicas sobre arte visual e cultura. É uma das poucas instituições que, devido à sua posição nacional e internacional e da qualidade do seu trabalho, recebe financiamento do governo federal como os chamados "faróis da cultura."
Reichstag/Bundestag - Parlamento Alemão
Edifício histórico em Berlim, construído para abrigar o Reichstag, o parlamento do Império Alemão. Foi inaugurado em 1894 e abrigou o Reichstag até 1933, quando foi severamente danificado em um incêndio. Após a Segunda Guerra Mundial, o edifício caiu em desuso, pois o parlamento da República Democrática Alemã reuniu-se no Palácio da República, em Berlim Oriental e o parlamento da República Federal da Alemanha reuniram-se no Bundeshaus em Bonn. O edifício foi parcialmente renovado em 1960. Após a sua conclusão em 1999, tornou-se o ponto de encontro do moderno parlamento alemão, o Bundestag.
Infelizmente não consegui fazer a visitar interna ao prédio pois é necessário fazer a reserva com três dias de antecedência no site http://www.bundestag.de/htdocs_e/visits/index.jsp
Estátua memorial dedicado a proeminente Príncipe Otto von Bismarck, primeiro-ministro do Reino da Prússia e o primeiro chanceler do Império Alemão.
O memorial retrata Bismarck em seu traje cerimonial como chanceler situando-se acima das estátuas:
Atlas: mostrando o status da Alemanha potência mundial no final do século 19;
Siegfried: forjando uma espada para mostrar forte poder industrial da Alemanha e militares;
Germania: simbolizando a supressão de discórdia e rebelião;
Sibila: reclinado em uma esfinge e lendo o livro de história.
Seguindo a caminha fui até o Portão de Brandenburgo, é um ex-portão da cidade e um dos mais conhecidos marcos de Berlim e da Alemanha. O portão é a entrada monumental a Unter den Linden, a famosa avenida em Berlim. Após ter sofrido danos consideráveis na Segunda Guerra Mundial, o Portão de Brandemburgo foi totalmente restaurado entre 2000-2002.
Próximo ao Portão de Brandemburgo esta localizado o Memorial aos Judeus Assassinados da Europa, também conhecido como o Memorial do Holocausto, ele abrange uma área de 19.000 metros quadrados coberta com 2.711 blocos de concreto dispostos em um padrão de grade em um campo inclinado. Os blocos tem 2,38m de comprimento, 0,95m de largura e variam em altura 0,2-4,8 m. De acordo com texto do projeto de Eisenman, os blocos são projetados para produzir uma atmosfera, inquieto confuso, e a escultura toda tem como objetivo representar um sistema supostamente ordenado que tem perdido o contato com a razão humana.
Continuando o passeio, caminhei até o CheckPoint Charlie, nome dado pelos aliados ocidentais para o mais conhecido ponto de passagem entre Berlim Oriental e Berlim Ocidental durante a Guerra Fria.
A União Soviética levou à construção do Muro de Berlim em 1961 para impedir a emigração de Leste para o Oeste através do sistema de fronteira soviética, impedindo a fuga através da fronteira do setor da cidade de Berlim Oriental para Berlim Ocidental. Checkpoint Charlie se tornou um símbolo da Guerra Fria, representando a separação entre oriente e ocidente. Tanques soviéticos e americanos se enfrentaram brevemente no local durante a Crise de Berlim de 1961. Após a dissolução do Bloco Oriental e da reunificação da Alemanha, o edifício no Checkpoint Charlie se tornou uma atração turística.
Próximo ao Checkpoint Charlie fica localizado o museu com o mesmo nome, sendo um dos museus mais visitados em Berlim. O mesmo apresenta as muitas maneiras pelas quais as pessoas tentaram escapar da Alemanha Oriental e pretende trazer esse período da história para a vida e garantir que não será esquecido. Confesso que as tentativas de fuga misturam criatividade com uma grande dose de loucura e coragem. Infelizmente não é permitido fotografar dentro do museu, mas recomendo a visita, o ticket custa €12,50 ou €9,50 para estudante.
Na manhã seguinte fui visitar o Campo de Concentração Sachsenhausen, o qual foi construído no verão de 1936 por prisioneiros do campo de concentração de Emsland. Como modelo para outros campos, e tendo em vista sua localização, fora da capital do Reich, Sachsenhausen adquiriu um papel especial no sistema de campos de concentração. Isto foi reforçado em 1938, quando o Gabinete de Inspecção dos Campos de Concentração, a sede administrativa para todos os campos de concentração dentro da esfera de influência alemã, foi transferida de Berlim para Oranienburg.
Mais de 200.000 pessoas foram presas no campo de concentração Sachsenhausen entre 1936 e 1945. No início, os prisioneiros eram em sua maioria opositores políticos do regime nazista. No entanto, um número crescente de membros de grupos definidos pelos nacional-socialistas como racialmente ou biologicamente inferiores foram posteriormente incluídos. Em 1939 um grande número de cidadãos das regiões ocupadas na Europa chegaram. Dezenas de milhares de pessoas morreram de fome, doença, trabalho forçado e maus-tratos ou foram vítimas das operações de extermínio sistemático da SS. Milhares de outros prisioneiros morreram durante as marchas da morte após a evacuação do campo no final de abril de 1945. Aproximadamente 3.000 prisioneiros doentes, juntamente com os médicos e enfermeiros que tinham ficado no acampamento, foram libertados por Soldados Soviéticos e Poloneses.
A visita ao campo de concentração eu fiz com a Companhia Original Berlin Walks, eles tem ponto de encontro no lado Leste e Oeste de Berlin, o valor é €15,00 normal ou €12,00 para estudante. Eu recomendo a visita guiada pelo fato das explicações feitas durante o tour. Você pode fazer a visita por conta própria, basta pegar o trem RE 5 na Estação Berlin-Hauptbahnhof até a Estação de Oranienburg, duração da viagem é de aproximadamente 25 minutos, em frente a Estação de Oranienburg você pegará o onibus 804 ou 821 trajeto de 6 minutos, ou poderá ir caminhando seguindo as placas.
Confesso que não é a melhor sensação do mundo você visitar o local onde milhares de pessoas foram torturadas e mortas, mas é interessante para quem procura saber um pouco mais sobre o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial. Parabenizo Berlin por não ter medo de mostrar sua história, mesmo que tenha essa grande mancha em seu passado, eles estão investindo na reconstrução do campo para mostrar com mais clareza tudo que la aconteceu e para que isso não se repita no futuro.
Retornando para Berlin fui até a Potsdamer Platz, local que antes da Segunda Guerra Mundial era cercado por Hotéis, Restaurantes e Lojas, considerada uma das mais movimentadas praças da Europa. Durante a Segunda Guerra grande parte dessa área foi reduzida a escombros devido aos ataques aéreos. Conforme demonstrado na foto, o Muro de Berlin dividia a praça em duas.
Com a queda do muro, após 1990 esta área passou a chamar a atenção novamente, por significar uma ligação entre os lados que antes estavam separados pelo muro. Desta forma o Governo de Berlim criou uma competição para a reurbanização da Potsdamer Platz, o terreno foi dividido em quatro partes para serem vendidos a diferente investidores.
Um dos investidores foi a Sony, sendo o complexo que mais chama a atenção na atual Potsdamer Platz:
No último dia em Berlim havia mais lugares a visitar, comecei pelo Olympia Stadion, local das Olímpiadas de Verão de 1936, sendo hoje a casa do Hertha Berlin. Durante a Segunda Guerra Mundial o Estádio sofreu pequenos danos. Em 2006 o mesmo passou por algumas reformas devido a Copa do Mundo e foi palco da final entre França e Itália. A entrada para visitar o complexo custa €7,00.
Retornando ao centro de Berlin fui a Alexanderplatz, uma grande praça pública que tem ao seu redor alguns pontos turísticos, como:
- Fernsehturm, torre de TV, construída entre 1965 e 1969 com 368 metros de altura. Você pode fazer a visita ao topo da torre, o ticket custa €11,00.
- Rotes Rathaus, prefeitura de Berlin construído entre 1861 e 1869:
- Berliner Dom, Catedral Evangélica de Berlin:
- Marx Engels Forum, consiste em um parque criado em 1986, com a escultura em bronze de Marx e Engels fundadores do movimento comunista:
- Altes Museum, construído entre 1823 e 1830, para abrigar todas as coleções da cidade de belas artes. No entanto, desde 1904, o museu passou a abrigar o Antikensammlung (Coleção de Antiguidades Clássicas)
Minha última visita foi a East Side Gallery, a qual consiste em 105 pinturas de artistas de todo o mundo, pintado em 1990, no lado leste do muro de Berlim, sendo possivelmente a maior galeria a céu aberto do mundo:
Por último deixei para comentar uma situação que aconteceu na chegada a Berlin. Do aeroporto para o centro da cidade fui de trem, em seguida peguei o metro para ir até o hotel, quando sai do metro percebi que havia esquecido minha câmera fotográfica dentro do trem. Retornei a estação e fui ao setor de "achados e perdidos", fui informado que teira que preencher um formulário informando quando, onde, o que eu havia perdido e meus dados pessoais. Eu teria que retornar na estação em três dias para ver se eles haviam encontrado. Como estava apreensivo por ter todas as fotos do Ano Novo na câmera, retornei do segundo dia, e eis que lá estava minha câmera e junto um formulário com os dados de quem a encontrou.
São por atitudes como estas que eu procuro fazer o mesmo quando encontro algo. É simples, basta você colocar-se na posição da outra pessoa, você não ficaria feliz em achar o que perdeu??? Educação e Respeito não fazem mal a ninguém e não possui contraindicação.
E a vida segue.....
Mapa do Campo de Concetração, as partes em destaque são prédios remanascentes |
"O Trabalho Liberta" |
Mais de 200.000 pessoas foram presas no campo de concentração Sachsenhausen entre 1936 e 1945. No início, os prisioneiros eram em sua maioria opositores políticos do regime nazista. No entanto, um número crescente de membros de grupos definidos pelos nacional-socialistas como racialmente ou biologicamente inferiores foram posteriormente incluídos. Em 1939 um grande número de cidadãos das regiões ocupadas na Europa chegaram. Dezenas de milhares de pessoas morreram de fome, doença, trabalho forçado e maus-tratos ou foram vítimas das operações de extermínio sistemático da SS. Milhares de outros prisioneiros morreram durante as marchas da morte após a evacuação do campo no final de abril de 1945. Aproximadamente 3.000 prisioneiros doentes, juntamente com os médicos e enfermeiros que tinham ficado no acampamento, foram libertados por Soldados Soviéticos e Poloneses.
Prisão dentro do Campo de Concentração |
Os presos eram amarrados com as mãos para trás e pendurados pelas mãos e ali ficavam até os ombros serem deslocados |
Forno onde os mortos eram cremados |
Local da primeira câmara de gás criada para os campos de concentração |
A visita ao campo de concentração eu fiz com a Companhia Original Berlin Walks, eles tem ponto de encontro no lado Leste e Oeste de Berlin, o valor é €15,00 normal ou €12,00 para estudante. Eu recomendo a visita guiada pelo fato das explicações feitas durante o tour. Você pode fazer a visita por conta própria, basta pegar o trem RE 5 na Estação Berlin-Hauptbahnhof até a Estação de Oranienburg, duração da viagem é de aproximadamente 25 minutos, em frente a Estação de Oranienburg você pegará o onibus 804 ou 821 trajeto de 6 minutos, ou poderá ir caminhando seguindo as placas.
Confesso que não é a melhor sensação do mundo você visitar o local onde milhares de pessoas foram torturadas e mortas, mas é interessante para quem procura saber um pouco mais sobre o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial. Parabenizo Berlin por não ter medo de mostrar sua história, mesmo que tenha essa grande mancha em seu passado, eles estão investindo na reconstrução do campo para mostrar com mais clareza tudo que la aconteceu e para que isso não se repita no futuro.
Retornando para Berlin fui até a Potsdamer Platz, local que antes da Segunda Guerra Mundial era cercado por Hotéis, Restaurantes e Lojas, considerada uma das mais movimentadas praças da Europa. Durante a Segunda Guerra grande parte dessa área foi reduzida a escombros devido aos ataques aéreos. Conforme demonstrado na foto, o Muro de Berlin dividia a praça em duas.
Com a queda do muro, após 1990 esta área passou a chamar a atenção novamente, por significar uma ligação entre os lados que antes estavam separados pelo muro. Desta forma o Governo de Berlim criou uma competição para a reurbanização da Potsdamer Platz, o terreno foi dividido em quatro partes para serem vendidos a diferente investidores.
Um dos investidores foi a Sony, sendo o complexo que mais chama a atenção na atual Potsdamer Platz:
No último dia em Berlim havia mais lugares a visitar, comecei pelo Olympia Stadion, local das Olímpiadas de Verão de 1936, sendo hoje a casa do Hertha Berlin. Durante a Segunda Guerra Mundial o Estádio sofreu pequenos danos. Em 2006 o mesmo passou por algumas reformas devido a Copa do Mundo e foi palco da final entre França e Itália. A entrada para visitar o complexo custa €7,00.
Retornando ao centro de Berlin fui a Alexanderplatz, uma grande praça pública que tem ao seu redor alguns pontos turísticos, como:
- Fernsehturm, torre de TV, construída entre 1965 e 1969 com 368 metros de altura. Você pode fazer a visita ao topo da torre, o ticket custa €11,00.
- Rotes Rathaus, prefeitura de Berlin construído entre 1861 e 1869:
- Berliner Dom, Catedral Evangélica de Berlin:
- Marx Engels Forum, consiste em um parque criado em 1986, com a escultura em bronze de Marx e Engels fundadores do movimento comunista:
- Altes Museum, construído entre 1823 e 1830, para abrigar todas as coleções da cidade de belas artes. No entanto, desde 1904, o museu passou a abrigar o Antikensammlung (Coleção de Antiguidades Clássicas)
Minha última visita foi a East Side Gallery, a qual consiste em 105 pinturas de artistas de todo o mundo, pintado em 1990, no lado leste do muro de Berlim, sendo possivelmente a maior galeria a céu aberto do mundo:
Por último deixei para comentar uma situação que aconteceu na chegada a Berlin. Do aeroporto para o centro da cidade fui de trem, em seguida peguei o metro para ir até o hotel, quando sai do metro percebi que havia esquecido minha câmera fotográfica dentro do trem. Retornei a estação e fui ao setor de "achados e perdidos", fui informado que teira que preencher um formulário informando quando, onde, o que eu havia perdido e meus dados pessoais. Eu teria que retornar na estação em três dias para ver se eles haviam encontrado. Como estava apreensivo por ter todas as fotos do Ano Novo na câmera, retornei do segundo dia, e eis que lá estava minha câmera e junto um formulário com os dados de quem a encontrou.
São por atitudes como estas que eu procuro fazer o mesmo quando encontro algo. É simples, basta você colocar-se na posição da outra pessoa, você não ficaria feliz em achar o que perdeu??? Educação e Respeito não fazem mal a ninguém e não possui contraindicação.
E a vida segue.....
Gostei muito do seu blog parabéns, eu tive uma experiencia de conhecer Londres e foi muito legal..tenho um blog com fotos de Londres http://cleberrsn.blogspot.com.br, e videos no YOUTUBE meu nome esta como CLEBER RSN, se você quiser ver, somente acesse meu blog e meu canal no youtube. see you soon
ResponderExcluirqual o endereço dos achados e perdidos? Tambem esqueci no trem minha filmadora gopro, maior correria e acabei entre bagagens e bolsas esquecendo dela.
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